O Ministério das Obras Públicas garantiu que a linha de Alta Velocidade não vai afectar “mais de 30 habitações”, no concelho de Alcobaça, mas os peticionários continuam “a achar que são bastantes”.
A informação facultada pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC) consta do relatório final da Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações da Assembleia da República (AR) sobre a petição "TGV Serra dos Candeeiros – Não", que reuniu 5.041 assinaturas, e que a Agência Lusa teve acesso. Segundo o MOPTC, “ao contrário dos números que têm sido divulgados, no corredor aprovado pela Declaração de Impacte Ambiental e ambientalmente mais favorável, não serão afectadas mais de 30 habitações” no concelho de Alcobaça. As habitações afectadas situam-se nas Prazeres de Aljubarrota, 10 habitações, Benedita e Turquel, sete cada, São Vicente de Aljubarrota, quatro, Pataias e Évora de Alcobaça, com uma cada, de acordo com a informação do MOPTC, que refere que nas freguesias de Coz e Alpedriz não serão atingidas quaisquer habitações. A tutela garante que edificações afectadas, e “correspondentes expropriações serão objecto de pagamento de justa indemnização, a fixar de forma a compensar o prejuízo do expropriado”, de acordo com o Código das Expropriações.“ Mesmo que sejam trinta, continuo a achar que são bastantes”, disse hoje à Agência Lusa o primeiro signatário da petição Paulo Inácio, admitindo “alguma revisão no traçado”, mas reiterando que “o traçado a Este da Serra dos Candeeiros tem menos consequências ambientais, sociais e económicas e também possibilita uma paragem em Leiria, mas em vez de ser a Poente, a Nascente (Caranguejeira).”O MOPTC, que garante o restabelecimento das “vias de circulação que forem interrompidas pela linha de alta velocidade”, calculando em “cerca de 100 restabelecimentos” e “só para o concelho de Alcobaça, 24 restabelecimentos”. O primeiro signatário da petição adverte que “serão muito mais de 24 as vias interrompidas”, recordando que o TGV “atravessa todo o concelho”, em oito freguesias”, admitindo que “sejam apenas as estradas e não os caminhos das pessoas para as propriedades”. A tutela acrescenta que “a construção da Linha de Alta Velocidade irá contemplar várias soluções de engenharia destinadas a minimizar os seus impactes no território”, como “medidas de minimização do efeito de barreira, de atenuação do ruído, de protecção de espécies e ecossistemas, e de preservação do património”.
1 comentário:
meus amigos
esta história da passagem ou não do tgv por Alcobaça, ascontra-partidas, as falsas verdades que se vão gerando, os boatos e os números não são, nem nunca foram, mais do que manobras politicas.
Senão, pergunto eu: afinal foram criados 2 movimentos anti-tgv - para quê?
Estão a ver formas de luta nesse sentido?
Eu explico melhor: Onde anda a luta da Benedita? Não anda!
É normal! Esse movimento não foi criado para lutar contra nada - serve apenas de máscara a quem quer tirar dividendos políticos desta desgraça que nos vai atingir.
No fundo, ninguém está preocupado com as casas que vão ser destruidas, nem com os problemas nas que estão no verdadeiro raio de destruição.
Ambiente? Isso não é preocupação para eles, nem nunca foi!
Mas percebam que o grande problema é a quinta da serra, mais nada!
abraço anti-tgv
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