Lisboa, 31 de Março de 2008
À especial atenção dos jornais que se têm interessado pelo assunto
A Comunicação Social começou a interessar-se francamente pelo problema da travessia ferroviária do Tejo. Infelizmente, o problema não tem sido relacionado com um outro problema a ele intimamente ligado, o da entrada em Lisboa das linhas de bitola europeia vindas do Norte, em particular do futuro TGV para o Porto, que não é urgente mas que um dia será feito. É totalmente errado decidir a travessia ferroviária do Tejo e só depois começar a apreciar o traçado destas futuras linhas.
As redes ferroviárias têm de ser consideradas em conjunto e com uma razoavel antecedência. A ponte ferroviária para o Barreiro, segundo as informações que me chegaram e que convirá confirmar junto do Ministério, está relacionada com a ideia do futuro TGV para o Porto seguir pelo vale do Trancão, uma obra sem dúvida dificílima.
A travessia na direcção do Montijo pode ser usada, embora com algumas dificuldades, para este TGV que, neste caso, deverá seguir um trajecto pela margem esquerda do Tejo, possivelmente até perto da Chamusca.
Há outras travessias possiveis que devem ser ponderadas. Felizmente, temos tempo para fazer os estudos necessários e para ponderar convenientemente o assunto , que não exige uma decisão imediata (nestes dois anos mais próximos). Em qualquer caso, sobre este assunto importantíssimo para o Ordenamento do Território e para as Finanças Públicas, o público tem o direito de ser convenientemente informado, ou seja, de receber uma informação global e não parcial e fragmentada.
António Brotas Professor Jubilado do Instituto Superior Técnico.
Participante no encontro, no passado dia 13 de Março, na Sociedade de Geografia de Lisboa sobre:
“A travessia ferroviária do Tejo. O TGV para o Porto. O acesso ferroviário ao novo Aeroporto.”
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