domingo, 20 de abril de 2008
TGV: Governo nega que parecer da CCDR ao troço Alenquer-Pombal tenha sido convertido em favorável
Lisboa, 09 Abr (Lusa)
O secretário de Estado do Ambiente negou hoje que o parecer da CCDR - Centro ao troço Alenquer-Pombal, do TGV Lisboa-Porto, tenha sido "convertido em favorável", afirmando que apenas foi feito um aditamento que hierarquizou as soluções.
"O parecer da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) - Centro ao traçado Alenquer Pombal foi desfavorável e não foi convertido em favorável", garantiu Humberto Rosa, durante uma audição conjunta das comissões parlamentares de Poder Local, Ambiente e Ordenamento do Território e das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, sobre a alteração de pareceres técnicos sobre o traçado da linha de alta velocidade Lisboa-Porto.
A audição de hoje, requerida pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP, surge na sequência de notícias sobre alegadas "pressões" por parte da CCDR-Centro para que técnicos superiores alterassem o parecer que considerava inviáveis todos os traçados propostos pela RAVE para o projecto de ligação ferroviária de alta velocidade, entre os concelhos de Alcobaça e Pombal.
Estas alegadas pressões terão mesmo levado ao afastamento dos técnicos da comissão de avaliação do projecto e à elaboração de um novo parecer, desta vez favorável, ao troço Alenquer-Pombal.
Hoje, o secretário de Estado do Ambiente disse que "o parecer da CCDR-Centro não foi convertido em favorável", esclarecendo que o que a segunda equipa de técnicos da CCDR fez foi um "aditamento ao primeiro parecer, hierarquizando as soluções e, sem seleccionar uma, identificando a menos gravosa".
"Rejeito liminarmente que tenha havido pressão política no afastamento dos técnicos da CCDR-Centro", afirmou Humberto Rosa, indicando que os técnicos foram substituídos por decisão daquela Comissão porque se mostraram "indisponíveis e não capazes de hierarquizar as alternativas de traçado".
O secretário de Estado do Ambiente disse que este género de pareceres "não são vinculativos" e que "a declaração de impacto ambiental é da responsabilidade do Governo e pode seguir, ou não, os pareceres sectoriais".
"A decisão do Governo é uma decisão política que tem de ter base técnica, mas não está refém dessa base técnica. Tem é de estar bem sustentada", sublinhou Humberto Rosa.
O secretário de Estado do Ambiente disse que em 2005 foram emitidas 82 declarações de impacto ambiental favoráveis e 12 desfavoráveis.
Em 2006, o Ministério do Ambiente emitiu 125 declarações de impacto ambiental favoráveis e 9 desfavoráveis, enquanto em 2007 fora emitidas 148 declarações favoráveis e 9 desfavoráveis.
Por seu turno, a secretária de Estado dos Transportes disse que "a RAVE - Rede Ferroviária de Alta de Alta Velocidade está a tentar ultrapassar os impactos negativos do traçado, fazendo pequenas alterações e tentando minimizar os efeitos negativos que, obrigatoriamente, qualquer nova infra-estrutura tem sobre o território".
A este propósito, Ana Paula Vitorino, disse que estão a ser estudadas novas ligações entre a linha de alta velocidade e as linhas do Oeste e do Norte.
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=338647&visual=26&tema=4
RESPOSTA:
É o Sr. Dr. Carlos Fernandes, Administrador da RAVE, que observa atentamente o Sr. Secretário de Estado do Ambiente, Dr.Humberto Rosa.
http://videos.sapo.pt/6jBiWRV8D28ntzIeq4gZ
http://videos.sapo.pt/6jBiWRV8D28ntzIeq4gZ
quinta-feira, 10 de abril de 2008
PERGUNTA :
Quem é o Sr. que está atrás do Secretário de Estado do Ambiente Humberto Rosa ?
Video SIC completo
http://videos.sapo.pt/6jBiWRV8D28ntzIeq4gZ
Video SIC completo
http://videos.sapo.pt/6jBiWRV8D28ntzIeq4gZ
quarta-feira, 9 de abril de 2008
E QUEM É QUE VAI PAGAR ?!!!!!!!..............
Custos do TGV derrapam
O comboio de alta velocidade vai custar mais do que previsto inicialmente. Um documento ontem divulgado pelo Parlamento Europeu indica que o custo da ligação entre Lisboa, Porto e Madrid disparou mais de 40%.
A obra ainda está longe de começar, mas o custo do TGV já derrapa a alta velocidade.
Em 2004 a Comissão Europeia previa que a ligação Lisboa-Porto-Madrid ficasse por 8 mil milhões de euros. Mas agora um estudo encomendado pelo Parlamento Europeu indica que o preço da ligação entre as três cidades já disparou para 11 mil milhões de euros.
Quanto ao tempo de construção, o estudo refere que ainda é possível ter o projecto pronto na data inicialmente prevista. Só que os corredores ferroviários para mercadorias estão atrasados dez anos. É o caso por exemplo do eixo Sines-Badajoz que deveria estar a pronto em 2010 e só deverá estar concluído lá para 2020.
O estudo aponta várias razões para os atrasos. Desde problemas na gestão dos projectos, à falta de planeamento e financiamento, até contenciosos e obstáculos legais. A derrapagem financeira do projecto que inclui o TGV português é uma das maiores do conjunto das 30 grandes obras de transportes definidas como prioritárias pela União Europeia.
terça-feira, 8 de abril de 2008
Prós e Contras- "Terceira Travessia: O Debate Final"
Lisboa, 8 de Abril de 2008
No programa “Prós e Contras” emitido ontem pela RTP, a jornalista Fátima Campos Ferreira não fez uma única vez a pergunta: “E o TGV vindo do Norte, como irá entrar em Lisboa?” ( Ou, para sermos mais precisos : “ qual será o trajecto da futura linha de bitola europeia de Lisboa ao Porto, em que circularão diversos comboios entre eles TGV, e que será a mais importante linha ferroviária portuguesa?)
Enquanto esta pergunta não for feita o debate sobre a travessia ferroviária do Tejo será sempre um debate mutilado.
Assistimos, ontem, a um confronto em que foram apresentadas as vantagens e, sobretudo os inconvenientes, de duas soluções que o LNEC foi encarregado de comparar, mas ainda sem o encargo de as relacionar com a futura rede ferroviária a Norte do Tejo.
Estamos a ser um país ao contrário, que primeiro discute as pontes e depois os trajectos ferroviários.
Do debate de ontem, os 9 milhões de portugueses que vivem fora de Lisboa e da península de Setúbal ( e que terão alguma dificuldade em distinguir o Barreiro do Montijo) só podem ter retirado, que os problemas estão ainda muito insuficientemente estudados, que os custos podem ser gigantescos, e que os interesses gerais do país não estarão a ser devidamente equacionados e ponderados.
Estes interesses exigem que se procurem soluções que não obriguem a um grande dispêndio de verbas na região de Lisboa, e permitam construir com o melhor trajecto possível a futura linha de bitola europeia de Lisboa para o Porto.
As soluções ontem apresentadas não são únicas.
A solução que apresentei na Sociedade de Geografia de Lisboa, em 13 de Março (cujo resumo envio em anexo) e a solução bastante semelhante apresentada pelo Engenheiro Luís Cabral da Silva no LNEC, no encontro de 12 de Fevereiro, no caso de serem possíveis, e penso que o são, são mais fáceis de construir, têm custos inferiores, talvez metade do das ontem referidas, e permitem-nos construir uma futura rede ferroviária bastante mais condizente com os interesses globais do País.
O mínimo que se pede é que sejam consideradas e estudadas.
Têm, sobre este assunto, uma palavra a dizer os movimentos ecologistas que se devem, desde o início, debruçar sobre o problema para dizer qual, de todas as soluções possíveis, acham preferível.
António Brotas
No programa “Prós e Contras” emitido ontem pela RTP, a jornalista Fátima Campos Ferreira não fez uma única vez a pergunta: “E o TGV vindo do Norte, como irá entrar em Lisboa?” ( Ou, para sermos mais precisos : “ qual será o trajecto da futura linha de bitola europeia de Lisboa ao Porto, em que circularão diversos comboios entre eles TGV, e que será a mais importante linha ferroviária portuguesa?)
Enquanto esta pergunta não for feita o debate sobre a travessia ferroviária do Tejo será sempre um debate mutilado.
Assistimos, ontem, a um confronto em que foram apresentadas as vantagens e, sobretudo os inconvenientes, de duas soluções que o LNEC foi encarregado de comparar, mas ainda sem o encargo de as relacionar com a futura rede ferroviária a Norte do Tejo.
Estamos a ser um país ao contrário, que primeiro discute as pontes e depois os trajectos ferroviários.
Do debate de ontem, os 9 milhões de portugueses que vivem fora de Lisboa e da península de Setúbal ( e que terão alguma dificuldade em distinguir o Barreiro do Montijo) só podem ter retirado, que os problemas estão ainda muito insuficientemente estudados, que os custos podem ser gigantescos, e que os interesses gerais do país não estarão a ser devidamente equacionados e ponderados.
Estes interesses exigem que se procurem soluções que não obriguem a um grande dispêndio de verbas na região de Lisboa, e permitam construir com o melhor trajecto possível a futura linha de bitola europeia de Lisboa para o Porto.
As soluções ontem apresentadas não são únicas.
A solução que apresentei na Sociedade de Geografia de Lisboa, em 13 de Março (cujo resumo envio em anexo) e a solução bastante semelhante apresentada pelo Engenheiro Luís Cabral da Silva no LNEC, no encontro de 12 de Fevereiro, no caso de serem possíveis, e penso que o são, são mais fáceis de construir, têm custos inferiores, talvez metade do das ontem referidas, e permitem-nos construir uma futura rede ferroviária bastante mais condizente com os interesses globais do País.
O mínimo que se pede é que sejam consideradas e estudadas.
Têm, sobre este assunto, uma palavra a dizer os movimentos ecologistas que se devem, desde o início, debruçar sobre o problema para dizer qual, de todas as soluções possíveis, acham preferível.
António Brotas
Professor Jubilado do IST
(Anexo)
ESQUEMA DE UMA PROPOSTA APRESENTADA NO DIA 13 DE MARÇO NO ENCONTRO DA SGL SOBRE:
A TRAVESSIA FERROVIÁRIA DO TEJO, O TGV PARA O PORTO, E O ACESSO FERROVIÁRIO AO NOVO AEROPORTO.
A linha da Gare do Oriente até Alverca tem 4 vias, actualmente todas de bitola ibérica, que são usadas por comboios de longo curso, suburbanos e de mercadorias. Em Alhandra e Vila Franca a linha tem só duas vias e é muito difícil duplica-la à superfície numa extensão de cerca de 8 km.
O que se propõe é que duas das vias da Gare do Oriente a Alverca passem a bitola europeia e que seja estudada uma travessia ferroviária do Tejo a seguir a Alverca, por ponte ou túnel, aproximadamente na direcção do Porto Alto.
Perto do Porto Alto, deverá haver um ponto de encontro (e talvez uma estação) onde se devem encontrar as linhas de bitola standard para Badajoz, para o novo Aeroporto (devendo esta linha ser prolongada até ao Pinhal Novo) e, uma linha pela margem esquerda do Tejo até perto da Chamusca, que servirá para a futura linha TGV para o Porto.
As linhas de bitola standard previstas neste projecto serão usadas para:
1- Os TGV de Lisboa para Madrid e outros comboios de bitola standard que usem a linha para Badajoz.
2- As navetes saídas da Gare do Oriente para o novo Aeroporto (algumas das quais devem ser prolongadas até ao Pinhal Novo). Estas navetes servirão também, nalguma medida, para o tráfego suburbano. No troço Alverca/Gare do Oriente devem ser previstos suburbanos que circularão só na margem Norte.
3- Para o TGV para o Porto, quando vier a ser construído e que deverá passar perto do Entroncamento, que deverá manter a sua vocação ferroviária. (É de prever, a relativo curto prazo, a passagem a bitola standard da linha da Beira Baixa que, ligada na Guarda à futura linha Aveiro/Vilar Formoso, permitirá o trânsito ferroviário das nossas mercadorias para o centro da Europa sem necessidade de passarem por Madrid).
As actuais linhas de bitola ibérica (incluindo a linha da cintura) pouco ou nada serão perturbadas por estas obras e prevê-se que continuem a funcionar como actualmente por um largo período (talvez duas décadas). Assim, todos os actuais comboios que passam em Vila Franca, de longo curso, suburbanos e de mercadorias, continuarão em funcionamento como até agora.
Actualmente, passam por hora, em Alverca, nas horas de ponta, 6 comboios suburbanos, 4 vindos de Vila Franca e dois que partem de Alverca. Estes últimos serão substituídos por comboios que circularão nas vias de bitola standard, que terão capacidade para mais suburbanos até à gare do Oriente, ou mesmo até Braço de Prata.
NOTA: Esta proposta não é muito diferente da apresentada pelo Eng. Luís Cabral da Silva no encontro promovido pela Ordem dos Engenheiros e pelo LNEC, em 12 de Fevereiro, podendo ser as duas consideradas variantes uma da outra.
A linha da Gare do Oriente até Alverca tem 4 vias, actualmente todas de bitola ibérica, que são usadas por comboios de longo curso, suburbanos e de mercadorias. Em Alhandra e Vila Franca a linha tem só duas vias e é muito difícil duplica-la à superfície numa extensão de cerca de 8 km.
O que se propõe é que duas das vias da Gare do Oriente a Alverca passem a bitola europeia e que seja estudada uma travessia ferroviária do Tejo a seguir a Alverca, por ponte ou túnel, aproximadamente na direcção do Porto Alto.
Perto do Porto Alto, deverá haver um ponto de encontro (e talvez uma estação) onde se devem encontrar as linhas de bitola standard para Badajoz, para o novo Aeroporto (devendo esta linha ser prolongada até ao Pinhal Novo) e, uma linha pela margem esquerda do Tejo até perto da Chamusca, que servirá para a futura linha TGV para o Porto.
As linhas de bitola standard previstas neste projecto serão usadas para:
1- Os TGV de Lisboa para Madrid e outros comboios de bitola standard que usem a linha para Badajoz.
2- As navetes saídas da Gare do Oriente para o novo Aeroporto (algumas das quais devem ser prolongadas até ao Pinhal Novo). Estas navetes servirão também, nalguma medida, para o tráfego suburbano. No troço Alverca/Gare do Oriente devem ser previstos suburbanos que circularão só na margem Norte.
3- Para o TGV para o Porto, quando vier a ser construído e que deverá passar perto do Entroncamento, que deverá manter a sua vocação ferroviária. (É de prever, a relativo curto prazo, a passagem a bitola standard da linha da Beira Baixa que, ligada na Guarda à futura linha Aveiro/Vilar Formoso, permitirá o trânsito ferroviário das nossas mercadorias para o centro da Europa sem necessidade de passarem por Madrid).
As actuais linhas de bitola ibérica (incluindo a linha da cintura) pouco ou nada serão perturbadas por estas obras e prevê-se que continuem a funcionar como actualmente por um largo período (talvez duas décadas). Assim, todos os actuais comboios que passam em Vila Franca, de longo curso, suburbanos e de mercadorias, continuarão em funcionamento como até agora.
Actualmente, passam por hora, em Alverca, nas horas de ponta, 6 comboios suburbanos, 4 vindos de Vila Franca e dois que partem de Alverca. Estes últimos serão substituídos por comboios que circularão nas vias de bitola standard, que terão capacidade para mais suburbanos até à gare do Oriente, ou mesmo até Braço de Prata.
NOTA: Esta proposta não é muito diferente da apresentada pelo Eng. Luís Cabral da Silva no encontro promovido pela Ordem dos Engenheiros e pelo LNEC, em 12 de Fevereiro, podendo ser as duas consideradas variantes uma da outra.
DIFICULDADES Na Gare do Oriente
Na Gare do Oriente, com 8 cais, mas pensada como apeadeiro de luxo e não como estação terminal, é fácil passar duas das vias a bitola standard. Mas os comboios não poderão nelas ficar estacionados nem inverter a marcha. Estes comboios ao sair da estação terão, assim, de seguir no mesmo sentido. A solução é prever perto de Braço de Prata, onde há espaço para isso, uma zona onde estes comboios possam estacionar, ser limpos e esperar a hora para reentrar na Gare do Oriente, já em sentido contrário.
Na travessia do Tejo perto de Alverca.
A travessia a seguir a Alverca pode ser feita por ponte, ou por túnel. As duas hipóteses devem ser estudadas. Tecnicamente, nenhuma parece levantar dificuldades de maior, mas há o problema da Reserva Natural do Estuário do Tejo. Numa travessia imediatamente a seguir a Alverca a Reserva é atravessada numa extensão de cerca de 2 km. Na travessia por túnel é perturbada durante um período, mas depois é reconstruída nas condições iniciais. Na travessia por uma ponte prolongada por um viaduto, não se vê que espécie de animais serão prejudicadas. Um viaduto a atravessar a Reserva pode, aliás, protege-la de ambições imobiliárias.
As opiniões das diferentes associações ambientalistas sobre impactos ambientais das várias hipóteses de travessia ferroviária do Tejo devem desde já ser ouvidas para se saber quais consideram preferíveis.
No caso da travessia por uma ponte imediatamente a seguir a Alverca ter de ser posta de parte por obrigar a uma travessia da Reserva, a linha pode ganhar cota ainda na margem Norte para, em seguida, entrar no Tejo num trajecto paralelo à margem de e passar diante de Alhandra num viaduto com cerca de 15 m, para não perturbar a vida ribeirinha da vila. A seguir a Alhandra, a linha, já sem passar na Reserva, pode virar à direita na Direcção do Porto Alto. É um assunto que tem de ser estudado localmente.
12 de Março de 2008
António Brotas
domingo, 6 de abril de 2008
Carta ao Ministro das Obras Públicas sobre a ponte para o Barreiro
Lisboa, 3 de Abril de 2008
Caro Mário Lino,
O TGV para o Porto não é urgente, mas será um dia feito. Para sermos mais precisos: um dia será feita uma linha de bitola europeia de Lisboa ao Porto onde poderão circular comboios TGV e que será a mais importante linha ferroviária portuguesa.
O TGV para o Porto não é urgente, mas será um dia feito. Para sermos mais precisos: um dia será feita uma linha de bitola europeia de Lisboa ao Porto onde poderão circular comboios TGV e que será a mais importante linha ferroviária portuguesa.
Decidir a nova travessia ferroviária do Tejo sem pensar na entrada desta linha em Lisboa é, a meu ver, uma pura cegueira que nos poderá criar uma situação muito dificil.Leio nos jornais de hoje que o LNEC vai dar um parecer favoravel à ponte para o Barreiro.
O Eng. Pompeu Santos, técnico do LNEC e partidário da ponte para o Barreiro, que tem escrito bastante sobre o assunto, entende que esta ponte deve servir para os comboios de alta velocidade vindos do Porto, que não devem entrar pelo Norte de Lisboa, mas sim vir pela margem esquerda do Tejo e juntar-se aos comboios provenientes de Badajoz perto do novo Aeroporto.
O Professor Paulino Pereira, igualmente defensor da ponte para o Barreiro, tem defendido que os comboios vindos do Norte devem entrar por Loures e encontrar-se com os provenientes da ponte numa estação em Chelas. A Secretaria de Estado dos Transportes defende, segundo julgo, que os comboios provenientes da ponte se devem dirigir para um anexo a construir junto à gare do Oriente, donde devem partir os TGV para o Norte, que deverão seguir pelo vale do Trancão.
Em face destas diversas propostas sugiro-lhe que peça ao LNEC para dizer qual delas considera melhor. Poderemos, depois, ver se não haverá outras preferiveis. Permito-me enviar-lhe em anexo o esquema de uma proposta que apresentei no passado dia 13 de Março, num encontro na Sociedade de Geografia de Lisboa, em que julgo não ter estado presente nenhum técnico do LNEC.
Envio-lhe tambem a seguir uma carta que enviei no dia 31 para os jornais.
Com os meus melhores cumprimentos, subscrevo-me
António Brotas
António Brotas
Para o debate sobre Alta Velocidade promovido em 10 de Abril pela Margem Esquerda - Clube de Reflexão e Debate
Lisboa, 4 de Abril de 2008
Para os militantes do PS da Margem Esquerda - Clube de Reflexão e Debate
Para os militantes do PS da Margem Esquerda - Clube de Reflexão e Debate
Camaradas,
Não houve no interior do PS nem na Sociadade Portuguesa um amplo, aberto e esclarecedor debate sobre o problema da travessia ferroviária do Tejo. Com a decisão de ontem do Governo de construir a ponte para o Barreiro, há quem pense que este debate, que devia ter sido prévio, está encerrado, quando, na realidade, agora é que se vai desenvolver.
Considero, assim, bastante o portuno o debate promovido pela Margem Esquerda no próximo dia 10, às 21:00 horas, na Fundação Cidade de Lisboa – Campo Grande 380, a que procurarei estar presente.
Faço, no entanto, notar que para este debate só foram convidados para oradores (antes da decisão do governo e do parecer do LNEC) apoiantes da ponte para o Barreiro. Não é, assim, à partida, um debate equilibrado para a apresentação de outras opiniões, como o foram, por exemplo, o debate promovido pela Ordem dos Engenheiro no LNEC, em 12 de Fevereiro, e o debate na Sociedade de Geografia de Lisboa em 13 de Março ( dos 5 professores do Técnico que falaram neste encontro, só os dois defensores da ponte para o Barreiro foram convidados para oradores deste encontro da Margem Esquerda).
Sendo a situação a que é, muitos problemas relacionados com a ponte do Barreiro irão ser debatidos nos tempos mais próximo: encargos financeiros, relação benefício/custo, problemas ambientais, impacto visual, reais vantagens para a população do Barreiro, dificuldades da obra, inconvenientes para o trânsito e estacionamento em Lisboa, inconvenientes para a navegação do Tejo, assoreamentos no estuário, diminuição da possibilidade de usar o Mar da Palha para o estacionamente de grandes navios, incompatibilidades com o Aeroporto do Montijo, etc. etc.
Vários destes problemas só podem ser abordados por especialistas, mas há uma questão imediata que gostaria de ver abordada neste encontro da “Margem Esquerda” e que se traduz por uma pergunta: “E agora, por onde vai ser a futura entrada em Lisboa do TGV para o Porto?”. Espero que os especialistas convidados digam algo sobre o assunto.
Relacionada com ele enviei ao Ministro Mário Lino em que inclu-o uma carta enviada e 31 de Março para os jornais.
Agradeço a divulgação deste texto e espero que os membros da Margem Esquerda se interessem pelo assunto e haja possibilidade de falar dele no próximo dia 10.
Com as melhores saudações socialistas
António Brotas
Não houve no interior do PS nem na Sociadade Portuguesa um amplo, aberto e esclarecedor debate sobre o problema da travessia ferroviária do Tejo. Com a decisão de ontem do Governo de construir a ponte para o Barreiro, há quem pense que este debate, que devia ter sido prévio, está encerrado, quando, na realidade, agora é que se vai desenvolver.
Considero, assim, bastante o portuno o debate promovido pela Margem Esquerda no próximo dia 10, às 21:00 horas, na Fundação Cidade de Lisboa – Campo Grande 380, a que procurarei estar presente.
Faço, no entanto, notar que para este debate só foram convidados para oradores (antes da decisão do governo e do parecer do LNEC) apoiantes da ponte para o Barreiro. Não é, assim, à partida, um debate equilibrado para a apresentação de outras opiniões, como o foram, por exemplo, o debate promovido pela Ordem dos Engenheiro no LNEC, em 12 de Fevereiro, e o debate na Sociedade de Geografia de Lisboa em 13 de Março ( dos 5 professores do Técnico que falaram neste encontro, só os dois defensores da ponte para o Barreiro foram convidados para oradores deste encontro da Margem Esquerda).
Sendo a situação a que é, muitos problemas relacionados com a ponte do Barreiro irão ser debatidos nos tempos mais próximo: encargos financeiros, relação benefício/custo, problemas ambientais, impacto visual, reais vantagens para a população do Barreiro, dificuldades da obra, inconvenientes para o trânsito e estacionamento em Lisboa, inconvenientes para a navegação do Tejo, assoreamentos no estuário, diminuição da possibilidade de usar o Mar da Palha para o estacionamente de grandes navios, incompatibilidades com o Aeroporto do Montijo, etc. etc.
Vários destes problemas só podem ser abordados por especialistas, mas há uma questão imediata que gostaria de ver abordada neste encontro da “Margem Esquerda” e que se traduz por uma pergunta: “E agora, por onde vai ser a futura entrada em Lisboa do TGV para o Porto?”. Espero que os especialistas convidados digam algo sobre o assunto.
Relacionada com ele enviei ao Ministro Mário Lino em que inclu-o uma carta enviada e 31 de Março para os jornais.
Agradeço a divulgação deste texto e espero que os membros da Margem Esquerda se interessem pelo assunto e haja possibilidade de falar dele no próximo dia 10.
Com as melhores saudações socialistas
António Brotas
A TRAVESSIA FERROVIÁRIA DO TEJO E A COMUNICAÇÃO SOCIAL
Lisboa, 31 de Março de 2008
À especial atenção dos jornais que se têm interessado pelo assunto
A Comunicação Social começou a interessar-se francamente pelo problema da travessia ferroviária do Tejo. Infelizmente, o problema não tem sido relacionado com um outro problema a ele intimamente ligado, o da entrada em Lisboa das linhas de bitola europeia vindas do Norte, em particular do futuro TGV para o Porto, que não é urgente mas que um dia será feito. É totalmente errado decidir a travessia ferroviária do Tejo e só depois começar a apreciar o traçado destas futuras linhas.
As redes ferroviárias têm de ser consideradas em conjunto e com uma razoavel antecedência. A ponte ferroviária para o Barreiro, segundo as informações que me chegaram e que convirá confirmar junto do Ministério, está relacionada com a ideia do futuro TGV para o Porto seguir pelo vale do Trancão, uma obra sem dúvida dificílima.
A travessia na direcção do Montijo pode ser usada, embora com algumas dificuldades, para este TGV que, neste caso, deverá seguir um trajecto pela margem esquerda do Tejo, possivelmente até perto da Chamusca.
Há outras travessias possiveis que devem ser ponderadas. Felizmente, temos tempo para fazer os estudos necessários e para ponderar convenientemente o assunto , que não exige uma decisão imediata (nestes dois anos mais próximos). Em qualquer caso, sobre este assunto importantíssimo para o Ordenamento do Território e para as Finanças Públicas, o público tem o direito de ser convenientemente informado, ou seja, de receber uma informação global e não parcial e fragmentada.
António Brotas Professor Jubilado do Instituto Superior Técnico.
Participante no encontro, no passado dia 13 de Março, na Sociedade de Geografia de Lisboa sobre:
“A travessia ferroviária do Tejo. O TGV para o Porto. O acesso ferroviário ao novo Aeroporto.”
Subscrever:
Mensagens (Atom)